Olá, eu me chamo Camille de Holanda, psicóloga (CRP 02/19093) graduada pela Universidade de Pernambuco (UPE) desde fev/2016. De mar/2018 a fev/2020, através da Residência em Saúde Mental com Ênfase no Cuidado do Usuário e da Família – RESMUSM/UPE, vivi as mais ricas experiências imersivas nos desafios e potencialidades da Clínica Ampliada, em suas interfaces transdisciplinares e multiprofissionais. Passei por diferentes dispositivos da Rede de Atenção Psicossocial – RAPS no SUS – Sistema Único de Saúde, tanto no município de Garanhuns/PE, onde moro, como também em outras cidades e estados, como Paranatama/PE, João Pessoa/PB e Belo Horizonte/MG.
Parte da riqueza deste processo se deve também à experiência integrada e atuante em coletivos ativistas de cunho antimanicomial, feminista e pró-LGBTQIAP+, nos Projetos de Extensão voltados à saúde do povo quilombola da região e dos afetados pela transposição do Rio São Francisco, bem como do projeto Saúde Mental nas Escolas desenvolvido em equipe com meus colegas residentes. Neles, estive engajada de diferentes modos na execução de estratégias independentes de Educação em Saúde, em geral focalizadas em Saúde Mental, Redução de Danos e Direitos Humanos, além da aplicação das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde – PICS como recurso de Promoção da Saúde.
Todo esse percurso está internalizado em minha prática profissional, visto que atualmente trabalho integralmente com a Psicologia Clínica, em atendimentos presenciais no Instituto Novas Auroras e online para brasileiros em qualquer lugar do mundo. Afinal, como Carl G. Jung salienta em seu livro A Prática da Psicoterapia, “todo psicoterapeuta não só tem o seu método: ele próprio é esse método”, de modo que a personalidade do terapeuta, impossível de ser desgarrada de seu exercício como um excerto supostamente isolado, está também implicada na sua forma de ser analista e nos processos em que se engaja junto a seus analisandos.